Perguntas para Leila Pereira
- Ocupa Palestra
- 15 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
A tão aguardada entrevista coletiva da presidente Leila Pereira é envolta em dúvidas e expectativas, especialmente após sua última aparição similar, com declarações conflitantes e clima beligerante.
Diferentemente da última vez, a presidente encontrará agora um cenário mais calmo, sem disputas esportivas em paralelo e com um ano cheio de expectativas pela frente. Nossa torcida, entretanto, clama por algumas respostas. Os conflitos de interesses que se somam, o patrocínio defasado e a postura institucional do clube de, em muitas vezes, priorizar a Crefisa ao próprio Palmeiras, são alguns pontos que têm gerado debates e críticas.
Os conselheiros do Ocupa Palestra têm questionado essas e outras tantas coisas nos últimos tempos, sempre pelos meios formais e institucionais, mas permanecem sem respostas. Pior, foram punidos por isso! Assim, selecionamos alguns tópicos que, temos certeza, são de absoluto interesse da torcida palmeirense e que todos gostariam de ver respondidos.
Optamos por não incluir aqui aspectos técnicos do futebol, embora a gente acredite que eles mereçam atenção, porque esses assuntos sempre têm prioridade nas coletivas.
Como presidente do clube, Leila não se incomoda em saber que o patrocínio do Palmeiras é o que menos evoluiu entre os 12 principais clubes do Brasil nos últimos 6 anos?
Por que os conselheiros que pediram acesso aos contratos entre Crefisa e Palmeiras foram punidos pela gestão?
A presidente diz que fará um edital de concorrência para assegurar que o clube tenha o melhor patrocínio possível para o próximo ciclo, mas sabendo que a inscrição de candidatos à presidência deve ocorrer até o final de setembro e que sua empresa é uma das participantes, por que aguardar até o final do ano para isso? Em caso de derrota eleitoral, a Crefisa pretende rever sua eventual proposta?
Leila Pereira se arrepende de alguma declaração que deu na última entrevista coletiva?
Como Leila explica a diferença entre discurso e prática em situações emblemáticas no clube: o patrocínio de atletas que se transformou em empréstimo e a doação das obras da piscina que se transforma em patrocínio, por exemplo?
Leila Pereira estaria disposta a contratar uma empresa especializada para avaliar a questão do conflito de interesses existente no clube e adotar as práticas recomendadas por tal empresa para mitigar este conflito?
Que fim levou a auditoria realizada no clube que a presidente promoveu quando assumiu a gestão? Os conselheiros e sócios terão acesso ao resultado, já que o clube não é uma empresa privada e é patrimônio comum de todos os associados? Encontrou-se algum tipo de desvio de conduta? Se sim, quais medidas foram tomadas para responsabilizar eventuais malfeitores?
O clube têm infringido constantemente ao menos quatro artigos de seu próprio estatuto social: 1- acesso a documentos por parte de conselheiros; 2 - realização de eleições com urnas consagradas pela Justiça Eleitoral; 3 - disponibilização de documentos com prazo e condições suficientes para os conselheiros avaliarem balanço e orçamento e 4- relações comerciais entre partes relacionadas, o que é vetado. Como a Presidente pretende solucionar essas questões no decorrer deste ano?
A criação do departamento de futebol feminino é posterior a assinatura do contrato entre Palmeiras e Crefisa, celebrado em 2019. Isso não impediu que as propriedades da categoria fossem absorvidas pela patrocinadora. Diante desse cenário, como garantir a correta distribuição de verbas, especialmente as exclusivas do feminino? E quais as ações previstas para valorizar e reforçar esse time, que atualmente sequer treina na cidade?
Sabemos que ainda há muitas outras questões que mereceriam respostas. Mas precisamos avançar, pelo menos, na solução para os graves problemas de governança que prejudicam e limitam o crescimento do Palmeiras.
Esperamos que a presidente Leila Pereira possa conceder uma entrevista que coloque nosso clube como protagonista de suas próprias conquistas e, acima de tudo, que responda sem diversionismo ou negacionismo às questões importantes que o cargo impõe, especialmente diante dos graves e crescentes conflitos de interesses que caracterizam sua gestão.
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